sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Mansidão e Violência - Robert Hugh Benson


Felizes os mansos (Mt 5,4)

O reúno dos céus sofre violência e violentos se apoderam dele (Mt 11,12)

A cristandade tomou a tarefa de encorajar a própria virtude para o progresso humano. Segundo o filósofo alemão [refere-se a Nietzsche] que lançou abertamente esta acusação, o progresso só pode ser natural, seja no procedimento, sem em finalidade.

A natureza, como todos sabem, não tem a mínima noção do perdão, da compaixão, da ternura; ao contrário eleva-se das mais baixas para as mais altas formas, valendo-se de forças opostas. A gazela ferida não encontra proteção junto a seus companheiros. O velho lobo, incapaz de defender-se, fica ferido esperando a morte. O leão doente esconde-se e morre faminto: todos esses instintos, adverte o filósofo, tem por objetivo o gradual e aperfeiçoamento da raça, com a eliminação dos mais fracos. Assim deveria acontecer entre os homens. Porém, o cristianismo protege deliberadamente os fracos, construindo hospitais, procurando preservar aqueles que a natureza eliminaria; mostra-se inimigo da raça humana, e impede eficazmente, mais que qualquer outra religião, a vinda daquele super-homem, o qual a natureza busca desenvolver.

Não é de admirar, que pregador de uma semelhante doutrina, tenha acabado seus dias em um manicômio.

domingo, 21 de agosto de 2016

[Documentários]Os Segredos da Bíblia

Documentário ''Os Segredos da Bíblia'', trata a respeito de algumas evidências científicas que confirmar a veracidade das narrativas bíblicas.

sábado, 20 de agosto de 2016

Filme: Diálogo das Carmelitas (1960)


Recentemente tive a graça de assistir o filme Diálogo das Carmelitas (1960), baseado na obra do célebre escritor francês George Bernanos. Filme antigo, ainda em preto e branco, porém primoroso do inicio ao fim, com um roteiro excelente, trilha sonora simples e bem trabalhada, além de uma atuação perfeita. Sem dúvida um dos melhores filmes que assisti que deixa a grande maioria dessas produções modernas no chinelo.

O filme nos ambienta em meio a clausura carmelita durante a época da sórdida revolução maçônica na França, enquanto a Revolução avança a perseguição a Igreja se intensifica, e as pobres filhas de Santa Teresa veem-se diante do supremo sacrifício do martírio.

O diretor não precisa de imagens de batalhas, ou do sangue escorrendo para mostrar a crueldade da revolução, os poucos diálogos revolucionários são suficientes para mostrar a crueldade desta pérfida conspiração e redespertar no espectador seu espírito monárquico.

Claro que não poderia deixar de citar o final icônico do filme de uma riqueza teológica fantástica.

O filme é muito bom, e o comentarista que vos escreve demasiado inadequado, portanto finalizo agora estas linhas, e segue abaixo o filme completo legendado.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Paz ou Pacifismo? - Pe. Paulo Ricardo

O pequeno número daqueles que são salvos – São Leonardo de Porto Maurício

O assunto de que hoje vou tratar é muito grave; fez mesmo tremer os pilares da Igreja, encheu de terror os maiores Santos e povoou os desertos com anacoretas. O ponto desta instrução está em decidir se o número de Cristãos que se salvam é maior ou menor do que o número de Cristãos que se condenam; e produzirá em vós, segundo espero, um salutar temor dos juízos de Deus.

Porque devo eu falar claramente

Meus Irmãos, pelo Amor que eu tenho por vós, bem gostaria de poder sossegar-vos com a perspectiva da felicidade eterna, dizendo a cada um de vós: Tende a certeza de que ireis para o Paraíso; a maior parte dos Cristãos salva-se e, por isso, vós também vos salvareis. Mas como posso eu dar-vos tão doce segurança, se vós vos revoltais contra os decretos de Deus, como se vós fôsseis os vossos piores inimigos? Eu observo em Deus um desejo sincero de vos salvar, mas encontro em vós uma decidida inclinação para serdes condenados. Então, o que farei eu hoje se falar claramente? Ser-vos-ei desagradável. Mas, se eu não falar, serei desagradável a Deus. 

Portanto, dividirei este assunto em dois pontos. No primeiro, para vos encher de terror, deixarei os teólogos e os Padres da Igreja decidir sobre este assunto e declarar que o maior número de Cristãos adultos se condena; e, em silenciosa adoração deste terrível mistério, guardarei para mim os sentimentos pessoais. No segundo ponto, tentarei defender a bondade de Deus versus a falta de Deus, provando-vos que aqueles que são condenados se condenam pela sua própria malícia, porque querem ser condenados. Portanto, há aqui duas verdades muito importantes. Se a primeira verdade vos assusta, não me censureis por isso, como se eu quisesse fazer mais estreito, para vós, o caminho para o Céu, pois quis ser neutro nesta matéria; censurai antes os teólogos e os Padres da Igreja, que hão-de gravar esta verdade nos vossos corações pela força da razão. Se ficastes desiludidos com a segunda verdade, dai graças a Deus por isso, pois Ele só quer uma coisa: que vós Lhe deis inteiramente o vosso coração. Finalmente, se vós me obrigais a dizer-vos o que eu penso, eu fá-lo-ei para vossa consolação.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Fé e Razão - Robert Hugh Benson

Aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele (Mc 10, 15)

É verdade que em suas cartas se encontram alguns pontos difíceis de entender, que os ignorantes e vacilantes torcem, como fazem com as demais Escrituras, para a própria perdição (2Pd 3, 16)

Os homens chegam à verdade, através de duas faculdades: a fé e a razão. De ambas as partes, isto é, quer estejamos com a fé, quer com a razão, sempre existe quem ataque à posição católica, que possui esses dons como fundamento de sua crença.

De um lado nos culpam por crer com demasiada simplicidade, de outro, de não crer com suficiente simplicidade.

Os católicos, são demasiadamente ingênuos em matéria de religião. Acreditam porque a Igreja vos manda crer nos dogmas e não porque provaram e experimentaram a verdade que professam, como fazem os homens razoáveis. A razão e o discernimento são dons de Deus, então porque renunciá-las na busca da suprema verdade?

Aceitamos, que a fé tem lugar de direito, mas queremos que a razão a prove e interprete, pois sem isso a fé se reduz à simples e pura tolice.

sábado, 6 de agosto de 2016

Terço da Divina Misericórdia



Usa-se o terço comum.

Pai-Nosso
Pai Nosso, que estais no Céu, santificado seja o Vosso Nome; venha a nós o Vosso Reino; seja feita a Vossa Vontade, assim na terra como no Céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave-Maria
Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós os pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Creio
Creio em Deus-Pai Todo Poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

Nas contas grandes
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade do Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

Nas contas pequenas
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

No fim do Terço diz-se três vezes
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.



As Obras de Misericórdia


O Heresiarca Lutero

Blood Money