terça-feira, 29 de dezembro de 2015

sábado, 26 de dezembro de 2015

Falso Dilema - Leonardo Brum


Não vês que, se qualquer delas eleges,
tu estarás caindo num sofisma?
A oeste foi criada por hereges;
a leste, emergiu do grande cisma.

O Oriente, eslavo e comunista
e o Ocidente, anglo e liberal,
são bestas que já não têm mais em vista
a fé que veio a nós de Portugal.

Porém, se a luz que emana dessa fé
debaixo dum alqueire posta é,
entendo-te, mas ouve meu posfácio.

Latino, tu não podes sucumbir,
ainda que já não se faça ouvir
a infalível voz que vem do Lácio.

Império - Leonardo Brum


Enfim, ao mar se fez a minha nau,
Obediente às ordens da Coroa.
Na Índia, trouxe para Cristo Goa.
Na China, batizei os de Macau.

Timor também viu como a fé é boa
Levada pelas mãos de Portugal.
Para afastar os homens do que é mau,
À África apontei a minha proa.

De Moçambique a Angola e São Tomé
Eu trouxe para a Igreja mais ovelhas,
Bem como em Cabo Verde e na Guiné.

Mas nunca foi tão grande esse redil
Do que quando acendeu-se uma centelha
Que fez arder na fé o meu Brasil.

Oração para antes dos estudos (São Tomás de Aquino)



Oração para antes dos estudos (São Tomás de Aquino)

Criador inefável, que, em meio aos tesouros de vossa Sabedoria, elegestes três hierarquias de Anjos e as dispusestes em uma ordem admirável acima dos Céus, que dispusestes com tanta beleza as partes do universo, Vós, a quem chamamos a verdadeira Fonte de Luz e de Sabedoria, e o Princípio supereminente, dignai-Vos derramar sobre as trevas de minha inteligência um raio de vossa clareza. Afastai para longe de mim a dupla obscuridade na qual nasci: o pecado e a ignorância.

Vós, que tornais eloquente a língua das criancinhas, modelai minha palavra e derramai nos meus lábios a graça de vossa bênção.

Dai-me a penetração da inteligência, a faculdade de lembrar-me, o método e a facilidade do estudo, a profundidade na interpretação e uma graça abundante de expressão.

Fortificai meu estudo, dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos séculos dos séculos. Amém.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Código de Ética do Estudante - Plínio Salgado


Plínio Salgado
Trecho do Livro: "A Reconstrução do Homem"

''I - Faze da tua crença em Deus e nos destinos sobrenaturais do Homem a luz que te guiará no meio da confusão dos desorientados e da corrupção dos costumes.

II - Toma o Brasil que herdaste dos teus maiores e transmite-o engrandecido e mais belo à geração que te suceder.

III - Imita os heróis da tua Pátria, cultua as tradições da tua gente, confia nas imensas possibilidades do teu povo, fala-lhe transmitindo-lhe o fogo do teu ideal; e, falando ou escrevendo, estudando, ou agindo, crê no futuro do Brasil.

IV - Sustenta o principio da Família e honra a teus pais. A Família, primeiro grupo natural, é o próprio fundamento da Pátria e o bom filho será forçosamente bom patriota e saberá um dia constituir o seu lar com dignidade cristã e sentimento de responsabilidade histórica.

V - Sê honesto em tudo o que pensares, disseres ou fizeres. Reflete antes de dares a tua palavra e, se a empenhares, cumpre-a, ainda que isso te custe o maior sacrifício. Evita, pois, prometer o impossível e considera desonroso prometer e não cumprir.

VI - És estudante e deves estudar; és moço e podes divertir-te; lembra-te, entretanto, de que és também brasileiro e deves uma parte do teu tempo aos interesses da tua Pátria.

VII - Honra o diploma que um dia conquistares, mas não o coloques acima do teu saber.

VIII - Não permitas que o profissional elimine o Homem que vive em ti.

IX - Nos exames e concursos, nas empresas que empreenderes e nas funções que desempenhares, se não puderes ser o primeiro, procura aos menos ser um dos primeiros.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Natal de Cristo ou natal de nada - Dom Henrique Soares


Natal de Cristo ou natal de nada
por Dom Henrique Soares (via Facebook)

Passei diante de um escritório. Estava enfeitado para o Natal. Não havia imagem do Menino Jesus, nenhum símbolo religioso. Nada. Havia luzes, uma árvore da Natal e uma guirlanda com um Papai Noel no centro; embaixo, em dourado, bem grande, a palavra “paz”... De que paz estão falando? Que paz estão pensando? Que paz um bizarro e inexistente Papai Noel pode trazer? Que Natal se celebra quando não se celebra Cristo?

Arte de nossa sociedade pagã e vulgar: a capacidade de banalizar tudo, de festejar tudo sem celebrar nada! As luzes do Natal, que significam de profundo? Nada! As mensagens de Natal, com palavras gastas: paz, amor, realizações, felicidade, prosperidade, sonhos... Que significam, além de vagos desejos e sentimentos açucarados? Nada! Os eventos natalinos: ceias, presentes, roupas novas, reuniões familiares? Que estarão simbolizando? Nada!

domingo, 6 de dezembro de 2015

Dois Soldados


Foi na Primeira Grande Guerra de 1914-1918.

Um soldado francés narra o seguinte fato:

“Nunca me esquecerei de um episódio, que eu mesmo presenciei. Atacamos á tarde; depois de algumas oscilares, pene­tramos na trincheira inimiga, onde jaziam cadáveres horrenda­mente massacrados pelos canhões.

No momento do novo ataque, urna metralhadora inimiga ca­muflada abateu alguns dos nossos; eu fui um deles. Passados os primeiros instantes de terrível impressáo pelo ferimento recebido, olhei ao redor. Dois soldados jaziam por terra agonizan­tes: um alemão, bávaro, louro e muito moço, com o ventre di­lacerado, e ao lado dele um francês, igualmente jovem. Ambos manifestavam já a palidez da morte; a minha maior dor era de não poder mover-me para socorrer ou ao menos suavizar a morte do meu camarada.

Foi quando o francês, com supremo esforço, procurou com a mão alguma coisa que estava sobre o peito, debaixo do capote. E tirou um pequeno crucifixo que levou aos lábios; depois, com voz fraca, mas ainda clara, rezou: Ave, María …

Vi então outra coisa. O alemão, que até aquele momento não dera sinal de vida, abriu os olhos azuis e meio apagados, virou a cabeça para o francês e respondeu: Santa Maria Mãe de Deus …

O francês, um tanto surpreendido, olhou para o seu vizinho; seus olhares encontraram-se; o francês apresentou o crucifixo ao bávaro, que o beijou; apertaram-se as mãos num frêmito de amor a Deus e à pátria; seus olhos fecharam-se, e o espírito desprendeu-se do corpo, enquanto o sol os iluminava através de pur­púreas nuvens…

Amém, disse, e fiz o sinal da cruz”.


- Tesouro de Exemplos, Pe. Francisco Alves

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Aulas: Literatura - G. K. Chesterton


Chesterton


Henrique Elfes  | As Duas Metades do Cérebro
Guilherme Freire | Chesterton e o Distributismo
Henrique Angueth | Chesterton - Todos os Caminhos Levam a Roma
Mateus Leme | Educação e Simbolismo em Chesterton
Guilherme Freire | O Homem que era Quinta-Feira


Aulas: Literatura - J.R.R. Tolkien


Tolkien


Diego Klautau | A Arqueologia Noética em Tolkien
Guilherme Freire | Biografia J.R.R. Tolkien 
[Online]
Diego Klautau | Educação e Simbolismo em Tolkien
Pe. Paulo Ricardo | O Senhor dos Anéis
Diego Klautau | Tolkien e o Sagrado


domingo, 29 de novembro de 2015

Madre Teresa de Calcutá: Uma personalidade admirável, um filme medíocre

A Beata Madre Teresa de Calcutá foi uma figura que marcou o século XX. Fundadora das Missionárias da Caridade, destacou-se pela sua obras de caridade em auxílio dos pobres, famintos, moribundos e necessitados na Índia e em todo o mundo.

Papa Bento XVI , em sua encíclica a Deus caritas est, chegou a citar Madre Teresa como exemplo de pessoa de oração e ao mesmo tempo de fé operativa:
"A piedade não afrouxa a luta contra a pobreza ou mesmo contra a miséria do próximo. A beata Teresa de Calcutá é um exemplo evidentíssimo do fato que o tempo dedicado a Deus na oração não só não lesa a eficácia nem a operosidade do amor ao próximo, mas é realmente a sua fonte inexaurível. Na sua carta para a Quaresma de 1996, essa beata escrevia aos seus colaboradores leigos: 'Nós precisamos desta união íntima com Deus na nossa vida cotidiana. E como poderemos obtê-la? Através da oração."
É sobre está admirável figura que o filme italiano Madre Teresa de Calcutá se dispõe a tratar. Todavia, desaponta, e muito.

sábado, 28 de novembro de 2015

Notas sobre o Distributismo - Alceu Amoroso Lima


''O fundamento da sociologia e da economia nos grandes sistemas filosóficos medievais, especialmente no tomismo, é sempre o mesmo -- o bem comum. É a equivalência social do senso comum, base da filosofia medieval e cristã. A medida das regras econômicas, como das regras políticas, é sempre esse bem comum. É uma sentença que encontramos a cada passo entre todos os que, na era medieval, se ocupavam com problemas sociais. O que governa a filosofia da sociedade e a organização política dos Estados é o bem de todos, o bem coletivo, o bem comum, e não o bem de um só, o bem individual, o bem próprio. É uma sociologia absolutamente anti-individualista, que começa por dizer ao soberano que a sua permanência no poder só se justifica enquanto bem proceder à finalidade da sua função, que é o benefício da coletividade -- e termina por exigir sempre do indivíduo o cumprimento do seu dever social. A economia medieval é governada pelo mesmo princípio do bem comum e o seu funcionamento está cuidadosamente subordinado a toda a sorte de princípios morais e de regras corporativas. (...)

Aulas: História Antiga


Grécia
Bibliografia Básica:
  1. COULANGES, Fustel de. A Cidade Antiga. Várias edições.
  2. GLOTZ, Gustave. Cidade Grega.
  3. JAEGER, Werner. Paideia.
Aulas:

Marcelo Andrade | As Três Revoluções na Cidade Antiga 
[Online]
Marcelo Andrade | A religião antiga: o culto aos mortos e aos deuses poderosos
Marcelo Andrade | Paidéia


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Virilidade Católica - Felipe Lutosa

Godofredo de Bulhão

A perda do sentido e do valor da masculinidade, das características varonis dos jovens católicos, incluindo seminaristas, é algo que me preocupa. Se Deus quiser, quando eu for bem menos ignorante e incompetente, realizarei algum humilde trabalho nesse sentido. Um livro, um blogue, qualquer coisa que esteja ao meu alcance. Enquanto não resgatarmos as virtudes varonis que sempre permearam a Cristandade e que sempre alavancaram a Igreja, desde os primórdios, o resgate da Tradição católica estará sempre comprometido, assim como a própria ordem da sociedade, que não pode ser alcançada sem que os homens cumpram suas funções e sigam as virtudes que são mais que obrigatórias aos varões. Jovens católicos sentimentais, afeminados, tímidos, abundam por todos esses grupos modernos da Igreja. Abundam por entre as paróquias e seminários. É fato que, inclusive, a feminilização da Igreja tende a afastar os homens de valor. Muitas paróquias parecem mesmo reuniões de tias e comadres, de tantas mulheres e poucos homens.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Cardeal Pie - Felipe Lutosa

Se você, católico, não sabe quem foi Louis-Édouard-Pie, você não sabe de nada.

Louis-Édouard-Pie (1815-1880), bispo de Poitiers, na França, posteriormente agraciado com o cardinalato, foi a figura de maior brilho e gênio da Igreja no século XIX. Um homem verdadeiramente admirável. Um dos grandes varões que a Igreja produziu em toda a sua história.

Combateu incansavelmente, com o seu gênio, sua eloquência, sua verve e sua astúcia, todos os erros modernos, o racionalismo, o panteísmo, o naturalismo, o filosofismo, o modernismo, e, especialmente, o liberalismo e todos os seus princípios funestos. Esta última praga, no tempo do Cardeal Pie, já tinha contaminado grande parte dos católicos, leigos e sacerdotes, e expandia o seu alcance a cada dia. Esta heresia maldita encontrou nas cartas apostólicas, nos sermões, homilias e discursos do Cardeal Pie um poderoso antídoto contra todo o seu veneno mortal.

Princípios de Estética na Música - Fernando Schlithler

O Prof. Fernando Schlithler explica em vídeo aula de que modo as leis da estética regem a beleza nas composições musicais.

Pauta:
  1. Introdução
  2. Princípio fundamental de Estética na Música
  3. Princípio de proporção aritmética
  4. Princípio de identidade
  5. Princípio de relação entre causa e efeito
  6. Princípio de unidade na variedade
  7. Princípio de hierarquia: subordinação do inferior ao superior
Bibliografia básica:

As Ideias na Ficção - Ivone Fedeli

Pauta:
  1. Apresentação.
  2. A importância do tema.
  3. Introdução: os três gêneros de discurso segundo Aristóteles.
  4. O discurso epidítico é o que mais se aproxima do discurso ficcional.
  5. Exemplos históricos de transmissão de ideias por meio da ficção.
  6. O processo argumentativo da ficção.
  7. As razões para se utilizar a ficção na transmissão de ideias.
  8. Exemplos de ideias normalmente transmitidas pela ficção.
  9. Conclusão com dois exemplos atuais sobre as telenovelas.


Bibliografia básica:
  • BÉNICHOU, Paul. Le sacre de l’écrivain. Paris: NRF/Gallimard, 1996.
  • HALSALL, Albert W. L’Art de convaincre. Toronto: Ediitons Paratexte, 1988.
  • PERELMANN, Chaïn e OLBRECHTs-TYTEKA, Lucie. Tratado de Argumentação e Nova Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
  • SULEIMAN, Susan R. Le Roman à thèse ou l’autorité fictive. Paris: PUF/Écriture, 1983.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Ecumenismo - Dom Marcel Lefbvre


Existe, nesta confusão de idéias em que os cristãos parecem comprazer-se, uma tendência particularmente prejudicial à fé e tanto mais perigosa quanto ela se apresenta sob as aparências de caridade. A palavra, que apareceu em 1927 por ocasião dum congresso realizado em Lausanne, deveria por si própria prevenir os católicos se eles se referiam à definição que lhe dão todos os dicionários: ”Ecumenismo: movimento favorável à reunião de todas as Igrejas cristãs numa só.” Não se podem misturar princípios contraditórios, é evidente, não se podem reunir de maneira a fazer deles uma só coisa, a verdade e o erro. A não ser que se adotem os erros e se rejeite toda ou parte da verdade. O ecumenismo se condena por si mesmo.

O termo conheceu uma tal voga desde o último concílio, que penetrou a linguagem profana. Fala-se de ecumenismo universitário, de ecumenismo informático, e lá sei mais ainda, para exprimir um gosto ou uma idéia preconcebida de diversidade, de ecletismo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

domingo, 8 de novembro de 2015

Um introdução à Idade Média, Idade da Luz

Orlando Fedeli de forma didática e bem-humorada desmistifica os principais mitos propagados com relação a Idade Média,



Pauta:
1. Introdução – a Idade Média como:
1.1. Uma época de luz;
1,2, A época de maior influência da Igreja Católica, o Corpo Místico de Cristo.
2. Feitos da Idade Média:
2.1. As escolas e as universidades.
2.2. Os hospitais.
2.3. A dignificação da mulher.
2.4. A eliminação da escravidão.
3. A Igreja e suas riquezas na Idade Média.
4. Outros feitos da Idade Média:
4.1. A eliminação das castas e a instauração da mobilidade social.
4.2. O estabelecimento do direito à honra.
4.3. As artes românica e gótica.
5.Conclusão:
5.1, Conclusão: uma comparação entre a Idade Média e o mundo moderno.
5.2. Conclusão: temas possíveis para outras aulas sobre a Idade Média.

Bibliografia básica:
BRUYNE, Edgar de. Études d´esthétique médiévale. Tome I et II. Várias edições.
ECO, Umberto. Arte e Beleza na Estética Medieval. Várias edições.
NUNES, Ruy Afonso da Costa. História da Educação na Idade Média. São Paulo: EDUSP, 1979.
PERNOUD, Regine. Beauté du Moyen Âge. Paris: Gautier Languereau, 1971.
____________. La Femme au temps des cathédrales. Paris: Stock, 1980.
____________. La Femme au temps des croisades. Paris: Stock, 1990.
____________. L’histoire racontée à mes neveux. Paris: Stock, 1969.
____________. Lumière du Moyen Âge. Paris: Grasset, 1944.
____________. Pour en finir avec le Moyen Âge. Paris: Seuil, 1977.

O quão trevas era a "Idade das Trevas"?

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Gabriel Garcia Moreno - Felipe Lutosa

Gabriel García Moreno, verdadeiro herói da Fé e mártir da civilização católica, foi presidente do Equador por duas vezes (1859-1865 e 1869-1875), quando foi assassinado a mando de maçons, no período em que se preparava para assumir o seu terceiro mandato.

Católico fervoroso, era muito estimado pelo Papa Pio IX, como atesta J. M. Villefranche em sua biografia do Papa (J. M. Villefranche, Pio IX, Edições Panorama, São Paulo, 1948): ''Pio IX chorou D. García Moreno como vinte e sete anos antes tinha chorado o conde Rossi. Em muitas das suas alocuções elogiou o presidente do Equador, como o campeão da verdadeira civilização, e seu mártir. Mandou-lhe fazer exéquias solenes numa das basílicas de Roma, dispondo e ordenando que seu busto fosse colocado em uma das galerias do Vaticano''.

García Moreno presidiu aquele gênero de República que Deus abençoa e a Igreja aprova. Que reconhece o Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo; em que o Estado mantém-se unido à Igreja, professa oficialmente a Religião e auxilia a Igreja na sua missão de salvar as almas; em que o ordenamento jurídico e as instituições são inspirados pelo respeito à lei natural, pelo Evangelho e pelos ensinamentos do Magistério da Igreja.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Igreja e política na Europa do século XIX - Orlando Fedeli

Descrição da situação política da Europa durante os pontificados de Pio IX e Leão XIII, além de uma breve exposição dos elementos que precederam o modernismo teológico: a filosofia de Blondel, o americanismo e o movimento Sillon.



Livros, Trabalhos e Documentos Relacionados:

1 - "A Maçonaria no Brasil", de D. Boaventura Kloppenburg: [Download]

2 - Documentos do pontificado de Pio IX:
2.1 - Bula "Ineffabilis Deus" - Dogma da Imaculada Conceição: [Online]
2.2 - Syllabus - Contendo os principais erros da nossa época: [Online]
2.3 - Dogma da infalibilidade papal, Concílio Vaticano I: [Online]

3 - "Maurras", Orlando Fedeli: [Online]

4 - "Uma velha heresia perfeitamente atual: o Americanismo", Orlando Fedeli: [Online]

5 - Carta Apostólica "Notre Charge Apostolique", de São Pio X, sobre os erros do Sillon: [Online]

6 - Encíclicas do Papa Leão XIII: [Online]

7 - Outros documentos do pontificado de São Pio X:
7.1 - Encíclica "Vehementer Nos", sobre as relações entre a Igreja e o Estado: [Online]
7.2 - Encíclica "Pascendi Dominici Gregis", sobre as doutrinas modernistas: [Online]
7.3 - Decreto "Lamentabili Sine Exitu", sobre os erros do modernismo: [Online]
7.4 - Juramento contra o modernismo: [Online]
7.5 - Motu Proprio "Praestantia Scripturae", contendo penas contra os modernistas: [Online]

O problema da verdade: refutação do subjetivismo e do relativismo - Orlando Fedeli

Excelente aula do professor Orlando Fedeli refutando um dos erros mais difundidos em nosso tempo: o relativismo, dogma pós-moderno que nega a existência da verdade.

Pauta:
  1. Apresentação e agradecimentos; 
  2. Resposta a algumas perguntas sobre a aula “As provas da existência de Deus”; 
  3. A verdade existe? Piadas de um velho professor… 
  4. A contradição interna da sentença: a verdade não existe. 
  5. A definição de verdade; 
  6. As características da verdade; 
  7. As origens históricas do subjetivismo e do relativismo; 
  8. Os vários sentidos da palavra “verdade”; 
  9. O fundamento da verdade; 
  10. Consequências do subjetivismo; 
  11. Conclusão; 
Bibliografia básica:
  • AQUINO, Tomás de. Verdade e Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 1999.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

A Verdadeira Caridade


Retomando as análises de filmes, hoje escrevo sobre uma belíssima obra baseada na vida de São Vicente de Paulo

O filme francês é um tanto antigo (ainda em preto e branco), todavia, consegue tocar O espectador, desconcerta-lo, coisas que muitos dos filmes hodiernos com todas as suas parafernalhas tecnológicas sequer chegam perto.

Oração pelas almas do purgatório (I)


Oração pelas almas do purgatório 

Onipotente e misericordioso Deus e Senhor nosso, supremo dominador dos vivos e dos mortos. Pelos merecimentos infinitos do vosso unigênito Filho, e também pelos grandes merecimentos da sempre Virgem Maria, sua Mãe e por todos os merecimentos dos bem- aventurados, concedei propício o perdão das penas que merecem as almas dos fiéis defuntos, pelas quais fazemos estas preces para que, livres do purgatório, vão gozar da eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém

- Fonte: "Mês das Almas do Purgatório" - Monsenhor Dr. José Basilio Pereira, 1943, página 98.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Cursos Católicos



[História Bíblica]
Arautos do Evangelho | Programa Bíblia Sagrada
[Online]
[História Bíblica]
Felipe Aquino | Curso Bíblico
[História da Igreja]
Felipe Aquino | Curso História da Igreja
[História da Igreja]
Thomas E. Woods | Igreja Católica: Construtora da Civilização
[Online]
[Catecismo]
Felipe Aquino | O Catecismo da Igreja Católica
[Apologética-Doutrina]
Dom José F. F. de Barros | Curso Bíblico
[Online]
[Filosofia]
Carlos Nougué | História da Filosofia
[Online]


domingo, 18 de outubro de 2015

Filmes: Papas



Pio XII | Pio XII: Sob o céu de Roma [Espanhol] [Online]
João XXIII | O Papa Bom [Online]
Paulo VI | Um Papa em meio a Tempestade  [Espanhol] [Online]
João Paulo I | João Paulo I: O Sorriso de Deus [Online]
João Paulo II | Karol: O Homem que se tornou Papa  [Online]
Bento XVI [Breve]
Francisco | El Padre Jorge [Trailler]

Oração do Sacerdote... numa tarde de domingo - Michel Quoist



Esta tarde, Senhor, estou sozinho.
Na Igreja, pouco a pouco, os ruídos calaram-se.
Foi-se embora toda a gente,
E eu voltei para casa,
Passo a passo,
Sozinho.

Cruzei-me com gente que voltava de um passeio,
Passei pelo cinema: vomitava uma pequena multidão,
Vagueei ao longo de esplanadas de cafés onde, cansados,
Os domingueiros tudo faziam para esticar um pouco mais a
Alegria de viver um Domingo de festa.
Esbarrei nos miúdos que jogavam à bola na rua.
Os garotos, Senhor!
Os filhos dos outros, que não serão nunca os meus.
E aqui estou, Senhor,
Sozinho!
No silêncio que me dói
Na solidão que me oprime.

Tenho 33 anos, Senhor,
Um corpo feito como os outros corpos,
Braços moços para o trabalho,
Um coração reservado para o amor,
Mas tudo isto Te dei.
É verdade que de tudo precisavas,
Tudo Te dei, Senhor, mas é duro Senhor.
É duro dar o próprio corpo: ele queria dar-se a outro.
É duro amar toda a gente e não possuir ninguém.
É duro apertar a mão sem poder retê-la.
É duro fazer que brote uma afeição, mas para a dar a Ti.
É duro nada ser para mim mesmo,
a fim de ser tudo para eles.
É duro ser como os outros, entre os outros e ser um outro!
É duro dar sem cessar, sem procurar receber.
É duro alguém ir ao encontro dos outros, sem que jamais
alguém venha ao meu encontro.
É duro sofrer os pecados dos outros, sem poder recusar
acolhê-los e carregá-los.
É duro receber os segredos, sem poder compartilhá-los.
É duro arrastar os outros sem cessar e nunca poder, um
instante sequer, deixar-me arrastar pelos outros.
É duro sustentar os fracos sem poder apoiar-me sobre um
forte.
É duro estar sozinho.
Sozinho diante de todos,
Sozinho diante do mundo,
Sozinho diante do sofrimento, do pecado, da morte.

Não estás sozinho, meu Filho,
Estou contigo,
Eu sou teu,
Eu precisava, na verdade,
de uma humanidade a mais para continuar a minha
Encarnação e a minha Redenção.
Desde toda a eternidade, Eu te escolhi.
Eu preciso de ti:
Preciso das tuas mãos para continuara abençoar,
Preciso dos teus lábios para continuar a falar,
Preciso do teu corpo para continuar a sofrer,
Preciso do teu coração para continuar a amar,
Preciso de ti para continuar a salvar.
Fica comigo, meu Filho.

Senhor, eis-me aqui:
Eis o meu corpo,
Eis o meu coração,
Eis a minha alma.
Fazei-me bastante grande para atingir o mundo,
Bastante forte para carregar com ele,
Bastante puro para o abraçar, sem querer guardá-lo.
Fazei que eu seja um ponto de encontro, sim, mas ponto de passagem.
Caminho que não pende para si próprio,
porque nele não há nada de humano a encontrar, nada que não conduza a Ti.

Esta tarde, Senhor, enquanto tudo em volta está em silêncio,
dentro do meu coração sinto morder duramente a solidão.
Enquanto o meu coração uiva longamente a fome de prazer,
enquanto os homens me devoram a alma
e eu me sinto impotente para a saciar,
Enquanto sobre os meus ombros pesa o Mundo inteiro,
com todo o seu peso de miséria e pecado,
eu repito o meu Sim.
Não às gargalhadas, mas lentamente, lucidamente,
humildemente.
Sozinho, Senhor, sob o Teu olhar,
Na paz da tarde...

-  Michel Quoist

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Oração pela conversão dos maçons



Oração pela conversão dos maçons


Senhor Jesus Cristo, que manifestais a Vossa onipotência principalmente pela piedade e misericórdia, e que dissestes: 'Orai pelos que vos perseguem e caluniam', imploramos a bondade do Vosso Sacratíssimo Coração pelas almas que, criadas segundo a imagem de Deus, mas miseravelmente enganadas pela sedução ardilosa dos maçons, andam cada vez mais pelas veredas da perdição. Não permitais, pois, que a Igreja, Vossa Esposa, continue a ser oprimida por eles, mas deixai-Vos antes aplacar pelas súplicas da Santíssima Virgem Maria, Vossa Mãe, e pelas orações dos justos. Lembrai-Vos da Vossa infinita misericórdia, esquecei a malícia deles, e fazei que também eles voltem a Vós, que consolem a Igreja pela mais perfeita penitência, que reparem os seus delitos e alcancem a bem-aventurança eterna. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

- Fonte: "Manual de Nossa Senhora Aparecida", CSSR, Aparecida – 1954, XV edição, página 284.

Compromissos da Liga Anti-Maçônica



"1 - Nunca se filiar na maçonaria ou a qualquer outra semelhante sociedade secreta; e abandona-la desde já se por desgraça já tiver nela entrado.

2 - Não votar nas diferentes eleições em homens que se sabe estarem filiados na Maçonaria ou decididos a favorecer projetos anti-sociais e anti-religiosos da seita.

3 - Nunca assinar jornais que se sabe serem dirigidos por maçons ou que propaguem suas doutrinas; mas escolher pelo contrário os que aderem a Liga.

4 - Fazer tomar desde a juventude a seus filhos e ás pessoas sobre a qual exerce autoridade (domésticos, operários, etc) os compromissos da Liga - ao menos o primeiro.

5 - Combater o quanto seja possível as obras maçônicas ou impedir o mal que elas produzem, sobretudo nas escolas. E pelo contrário, favorecer as obras e associações anti-maçônicas, como são as escolas dirigidas por decididos católicos, círculos católicos, associações religiosas, etc.

(...)"


- Manual da Liga Anti-Maçônica - Com aprovação do Santo Padre Leão XIII e do Eminentíssimo Cardeal-Patriarca de Lisboa, 1ª Edição, 1886, Coimbra

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O próprio da ciência em Aristóteles e Santo Tomás

Qual a função da ciência?Chegaremos algum dia ao pleno conhecimento do universo?Como se dá a perfeição humana?

Estas são algumas das questões que o professor Sidney Silveira nos convida a refletir a partir de Santo Tomás e Aristóteles nos vídeos que seguem a seguir, breves e extremamente profundos.

Parte I:

Parte II:

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Prof. Felipe Aquino - Cursos (.mp3)



O pessoal do Veritatis Catholicus fez o excelente trabalho de reunir e organizar estes três importantíssimos cursos ministrados pelo Prof. Felipe Aquino, todos em formato .mp3 (ideal para baixar e ouvir no celular).

O primeiro deles: Curso Bíblico do Gênesis ao Apocalipse, é um completo estudo a respeito da História da Revelação, segundo Sagradas Escrituras.

O segundo, Curso da História do Cristianismo (século por século, do I ao XX), trata da história da Igreja, desde os primeiros cristãos até tempos mais recentes. Fundamental para a formação histórica dos católicos.

E por fim, o terceiro curso, Curso do Catecismo da Igreja Católica, tratará de dar uma sólida formação doutrinal aos católicos lusófonos, este curso se baseia no atual Catecismo da Igreja Católica, publicado no pontificado de São João Paulo II.

Você pode baixar as aulas de cada curso separadamente no link abaixo:

domingo, 11 de outubro de 2015

Literatura Católica (Ficção): O Senhor do Mundo - Robert Hugh Benson


Costumo sempre acompanhar as notícias a respeito do pontificado do Papa Francisco através internet e, lembro-me que por duas ou três vezes recomendou o Papa energicamente a leitura do livro: O Senhor do Mundo, de Robert Hugh Benson. Tão logo tomei conhecimento, fiquei curioso a respeito do livro, todavia, só recentemente tive a oportunidade de compra-lo e ler está magnifica obra.

Sem a menor dúvida Benson é um escritor fantástico. O roteiro de O Senhor do Mundo é realmente desconcertante, frente aos fatos descritos no livro qualquer drama histórico que vivemos até os dias de hoje parecem fichinha.

A história narra o advento do anti-cristo, e o confronto final entre a Igreja e a Cidade do Homem.

O autor (como bom padre) domina muito bem o simbolismo Bíblico, dotando de imensa profundidade cada mínima cena da narrativa.
Outro fato interessante é que Benson e foi capaz de prever vários fatos dos tempos presentes, o livro fora escrito antes da primeira guerra, e chegou prever a ascensão do secularismo, a aviação moderna bem como a bomba nuclear e o chamado aquecimento global.

A narrativa prossegue ora em ritmo lento, ora extremamente acelerado, e nós é contada alternadamente, vezes pelos olhos do Padre Percy Franklin, vezes pelo casal Brand.

No livro, a religião do anti-cristo consiste na divinização do homem, sua lei: o darwinismo, seu deus o homem, não enquanto indivíduo mas, enquanto espécie, enquanto coletividade, enquanto "humanidade", e Julian Felsenburgh seu enigmático líder, aquele que levou a "paz" a humanidade, unindo o mundo sob um estandarte comum, sob uma religião comum, não fosse os "católicos intolerantes".

Bom, já falei demais.
Neste link você encontra uma análise mais completa a respeito da obra. (contém spoliers!!!)
E por aqui, pode adquiri-la.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Combate a Maçonaria


"(...)

Torna-se da maior evidência a necessidade que tem todo o homem honrado e com mais forte motivo todo o católico de combater a maçonaria e destruir o seu pernicioso poder.

Dizemos todo o homem honrado, porque é indigno do homem de bem tornar-se pela sua inércia cúmplice e vítima dos perversos desígnios da prepotente maçonaria; porque é vergonhoso para todo o homem de bem abandonar os interesses mais graves à mercê dos intrigantes das lojas.

É sabido demais que os maçons que estão no poder executam não já a vontade do povo, mas a palavra de ordem imposta pelas sociedades secretas.

Com mais forte razão se impõe este dever a todo o católico, porque, abstração feita dos outros motivos, o católico deve defender o bem mais precioso, que é sua religião e sua fé. Ora, o católico instruído pela Igreja por todos os Sumos Pontífices que se sucederam desde Clemente XII até Leão XIII, sabe de um modo inteiramente certo que a Maçonaria pretende destruir a Fé e as virtudes cristãs na sua alma, na dos seus filhos e em todo o país. Logo o motivo mais forte e mais sagrado leva o verdadeiro católico a combater com todas as suas forças este inimigo de sua fé e do seu Deus.

Dizemos também que é necessário unir-se e formar uma liga para combater a Maçonaria, porque assim o manda o Santo Padre Leão XIII com estas palavras: 'Aos violentos ataques da maçonaria deve responder uma defesa enérgica, é essencial pois que toda a gente de bem se una entre si e forma uma imensa liga de ação e de orações.'

(...)"

- Manual da Liga Anti-Maçônica - Com aprovação do Santo Padre Leão XIII e do Eminentíssimo Cardeal-Patriarca de Lisboa, 1ª Edição, 1886, Coimbra

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Estudo: o que é e como se faz - Carlos Ramalhete


Estudar é o que se faz para aprender, que, por sua vez, é trazer algo mental para dentro da gente, sistematicamente, encaixando o que entra numa visão de mundo coesa, passando assim a ter uma ferramenta nova para entender a realidade circundante, agir racionalmente sobre a realidade externa e interna e entender mais facilmente o que vier de novo; afinal, quanto mais se aprende, mais fácil fica aprender.

Aprender, destarte, é reconstruir coerentemente no próprio universo mental os dados novos e fazer deles inteligência. Dados são coisas soltas, decoreba acumulada na memória de curto prazo; são mera matéria-prima do estudo e aprendizagem, não seu objeto. Este é a inteligência, que é a compreensão sistemática das relações entre dados, acumulada na memória de longo prazo.

O estudo é trabalho fundamentalmente INDIVIDUAL, por ser trabalho mental, subjetivo e interno à pessoa de reconstrução interior de uma realidade exterior, operando assim uma construção (ou, antes, preenchimento) do próprio ser e tornando-se base para a projeção de si no mundo exterior, que é conhecido pelo estudo e abordado pela ação racional por este tornada possível.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Napoleão e a Revolução Francesa - Orlando Fedeli


A Revolução Francesa, um dos maiores e mais terríveis massacres, um trágico episódio de perseguição a Igreja, tudo isso perversamente ocultado em nossas escolas. O que se ensina sobre a respeito do tema no Brasil não é tão somente mentiras rampeiras e distorções criminosas; oculta-se a verdade, oculta-se o sangue derramado, oculta-se o heroísmo dos mártires católicos; oculta-se a organização por trás de tal massacre: a maçonaria.

Nesta belíssima aula, o Prof. Orlando Fedeli, nos conta a verdadeira história da Revolução Francesa, e seu posterior desenvolvimento com Napoleão, e as estratégias de ambos na busca por destruir a Santa Igreja Católica.

sábado, 3 de outubro de 2015

[Documentário]Fátima na Rússia

Durante as aparições de Nossa Senhora em Fátima, foi profetizado de que a Rússia viria espalharia seus erros pelo mundo, este documentário português investiga a relação entre as profecias de Fátima e o comunismo bolchevique; aborda a questão da violenta perseguição a Igreja promovida pelo regime soviético, mostra um pouco da atual situação da Rússia hoje e, levanta-nos uma indagação, será que a profecia se cumpriu totalmente?Os diretores do documentário arriscam dizer que não.



sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Trechos e Citações - Pe. Garrigou-Lagrange


Pe. Reginald Garrigou-Lagrange 
Trecho do Livro: ''De Sanctificatione Sacerdotum Secundum Nostri Temporis Exigentias"

Os perniciosos erros que se espalham pelo mundo, tendem à descristianização completa dos povos. Ora, isto começa com a renovação do paganismo no século XVI, ou seja, com a renovação da soberba e da sensualidade pagã entre cristãos. Este declínio avançou com o protestantismo, por sua negação do Sacrifício da Missa, do valor da absolvição sacramental e, por conseqüência, da confissão; por sua negação da infalibilidade da Igreja, da Tradição ou Magistério, e da necessidade de se observar os preceitos para a salvação. Em seguida, a Revolução francesa lutou manifestamente para a descristianização da sociedade, conforme os princípios do Deísmo e do naturalismo (...).

Em seguida, o espírito da revolução conduziu ao liberalismo que, por sua vez, queria permanecer numa meia altitude entre a doutrina da Igreja e os erros modernos. Ora, o liberalismo nada concluía; não afirmava, nem negava, sempre distinguia, e sempre prolongava as discussões, pois não podia resolver as questões que surgiam do abandono dos princípios do cristianismo. Assim, o liberalismo não era suficiente para agir, e após ele veio o radicalismo mais oposto aos princípios da Igreja, sob a capa de ''anticlericalismo'', para não dizer anticristianismo. Assim, os maçons. O radicalismo, então, conduziu ao socialismo e o socialismo, ao comunismo materialista e ateu, como agora na Rússia, e quis invadir a Espanha e outras nações negando a religião, a propriedade privada, a família, a pátria, e reduzindo toda a vida humana à vida econômica como se só o corpo existisse, como se a religião, as ciências, as artes, o direito fossem invenções daqueles que querem oprimir os outros e possuir toda propriedade privada.

Contra todas essas negações do comunismo materialista, só a Igreja, somente o verdadeiro Cristianismo ou Catolicismo pode resistir eficazmente, pois só ele contém a Verdade sem erro.

Portanto, o nacionalismo não pode resistir eficazmente ao comunismo. Nem, no campo religioso, o protestantismo, como na Alemanha e na Inglaterra, pois contém graves erros, e o erro mata as sociedades que nele se fundam, assim como a doença grave destrói o organismo; o protestantismo é como a tuberculose ou como o câncer, é uma necrose por sua negação da Missa, da confissão, da infalibilidade da Igreja, da necessidade de observar os preceitos.

O que, pois, se segue dos erros citados no que diz respeito à legislação dos povos? Esta legislação torna-se paulatinamente atéia. Não somente desconsidera a existência de Deus e a lei divina revelada, tanto positiva como natural, mas formula várias leis contrárias à lei divina revelada, por exemplo, a lei do divórcio e a lei da escola laica, que termina por tornar-se atéia, nos três graus: escolas primárias, liceus ou ginásios e universidades (...); por fim, vem a liberdade total de cultos ou religiões, e da própria impiedade ou irreligião. Ora, as repercussões destas leis em toda sociedade são enormes; tome, por exemplo, a repercussão da lei do divórcio: qualquer que seja o ano, qualquer que seja a nação, milhares de famílias são destruídas pelo divórcio e deixam sem educação, sem direção, crianças que terminam por se tornar ou incapazes, ou exaltadas, ou más, por vezes, péssimas. Do mesmo modo, saem da escola atéia, todos os anos, muitos homens ou cidadãos sem nenhum princípio religioso. E portanto, em lugar da fé, da esperança e da caridade cristã, têm eles a razão desordenada, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, o desejo de riqueza e a soberba de vida. Todas essas coisas são erigidas em um sistema especial materialista, sob o nome de ética laica ou independente, sem obrigação e sanção, na qual às vezes remanesce algum vestígio do decálogo, mas um vestígio sempre mutável. (...)

Portanto, qual é, segundo este princípio, o modo de discernir o falso do verdadeiro? O único modo é a livre discussão, no parlamento ou em algum outro lugar, e esta liberdade é, portanto, absoluta, nada pode ser subtraído à sua jurisdição, nem a questão do divórcio, nem a necessidade da propriedade individual, nem a da família ou da religião para os povos. (...)

Neste caso, é para se concluir (...) que estas sociedades, fundadas sobre princípios falsos ou sobre uma legislação atéia, tendem para a morte. Nelas, com o auxílio da graça, as pessoas individuais podem ainda se salvar, mas estas sociedades, como tais, tendem para a morte, pois o erro, sobre o qual se fundam, mata, como a tuberculose ou o câncer que, progressiva e infalivelmente, destrói nosso organismo. — Só a fé cristã e católica pode resistir a estes erros, e tornar a cristianizar a sociedade, mas, para isso, requer-se uma condição, uma fé mais profunda, conforme a Escritura: 'Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé' (1 Jo 5, 4).

(...)

domingo, 27 de setembro de 2015

O Islã como Problema Geopolítico - Carlos Ramalhete


O Islã é hoje um poderoso agente geopolítico; todavia, falta-nos a nós ocidentais uma visão mais clara sobre tal força, e por vezes caímos no erro de jogar todo o Islã dentro de um mesmo todo, ignorando as diversas ramificações, divisões e contradições internas presentes no interior da religião fundada por Maomé. 

Nas aulas que seguem abaixo, o Prof. Carlos Ramalhete faz um breve resumo histórico do surgimento e desenvolvimento do Islã, abordando também suas diversas ramificações, sua relação com o Ocidente, e seu perigo para o mundo de hoje.

domingo, 20 de setembro de 2015

Príncipes da Igreja - Dom Henrique Soares

Príncipes da Igreja 
por Dom Henrique Soares (via Facebook)


Explicando

Alguns de vocês gostam de chamar os Bispos de "Príncipes da Igreja".
Os Bispos são mesmos "príncipes"?

O Papa, com muitíssima razão, pediu que os Bispos não tenham "psicologia de príncipes"!

Repito a pergunta: os Bispos são ou não são príncipes?

Resposta: Depende do modo como se toma esta palavra!
"Príncipe" no sentido da fé cristã, vem de "princípio", fonte da vida e do dinamismo de algo. Por exemplo: no dogma trinitário, o Pai é o Princípio da Vida divina, dada ao Filho e ao Espírito Santo.
Na Ordenação Episcopal, pede-se, na Oração Consecratória, que o que está sendo ordenado receba do Pai pelo Filho o "Spiritus Principalis" (Espírito Principal), que o nosso Pontifical brasileiro traduz por Espírito Soberano. Seria melhor ter deixado "Espírito Principal".
Que significa isto? Que o Bispo é o Princípio da vida ministerial da Igreja diocesana: dele procede a pregação da fé católica, ele é o moderador da liturgia e o "Sumo Sacerdote" que preside no lugar do Senhor, ele é o princípio organizador da vida e do ministério eclesial. Para isto recebeu o Espírito de Principalidade! É assim que Pedro é Príncipe dos Apóstolos: colocando-se a serviço deles, da comunhão do Colégio Apostólico.

domingo, 6 de setembro de 2015

A Reconquista Ibérica - Marcelo Andrade


"De Covadonga cercado pelo Islão
Veio a nascer uma grande nação
Que pelos mares saiu em missão
Levando a novas terras o Evangelho Cristão"

Infelizmente em nossas escolas, pouco ou nada é dito sobre a história portuguesa; sequer temos ideia das épicas batalhas e eventos milagrosos que estão por trás desta nação que viria a trazer ao Novo Mundo a Fé Católica.

Nestas duas aulas, ministradas pelo Prof. Marcelo Andrade da Associação Cultural Montfort, podemos ter um vislumbre sobre esta bela história. Os dois vídeos dão conta de um período histórico de mais de oito séculos, comentando a situação da Península Ibérica durante o Império Romano, a formação do Reino Visigodo, a Invasão Muçulmana, a longa luta de reconquista e o nascimento de Portugal.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Tolkien e o Sagrado - Diego Klautau


Nesta palestra, organizada pelo pessoal do Círculo de Estudos Políticos, e apresentado pelo Prof. Diego Klautau temos uma abortagem mais filosófica da obra de Tolkien, são analisados aspectos como por exemplo a lei moral, a experiência do divino, e a função dos contos de fadas; na visão do autor britânico.

Bibliografia:
Sir Gawain e o Cavaleiro Verde - J. R. R.Tolkien
Sobre Histórias de Fadas - J. R. R.Tolkien
Beowulf: Monstros e Críticos - J. R. R.Tolkien

[Entrevista] Ariano Suassuna - Roda Viva


Nesta entrevista para o programa Roda Viva o controverso escritor católico Ariano Suassuna conversa sobre política, história, e sua vida pessoal, e, entre outras coisas, conta como as traumáticas experiências por ele vividas na infância (como a morte prematura de seu pai) influenciaram sua obra.

domingo, 23 de agosto de 2015

Pe. Gabriele Amorth - Maçonaria, Maldições, Casas Mal-Assombradas e Comunismo

Orlando Fedeli - Espiritismo, Eutanásia e Aborto

Orlando Fedeli - Gnose, Panteísmo, Matrimônio, Dinheiro, Caridade, Filantropia e Pedofilia

Caprichos e Modas - A. Wilson


Caprichos e Modas
Trecho do Livro: "Reconciliação e Paz" de A. Wilson.


O que os modernos chamam de 'instinto do branco' tem uma influência não pequena no encobrimento de nossas culpas. Somos por natureza seres sociais, e por isso, inevitavelmente e com direito, sensíveis ao que os outros dizem de nós. O medo de perder o 'cartaz' é um dos mais fortes motivos do comportamento humano. O desejo da estima é um estímulo forte, e quando regulado pela razão é bom e construtivo. Mas esse mesmo desejo de estima pode conduzir, quando não controlado pela razão, por excesso, a uma demasiada imposição, jactância e exibição; e por defeito, ao medo de parecer estranhos, singulares, diferentes.

Geralmente o instinto social nos dispõe a pensar, ou melhor a não pensar, mas apenas aceitar cegamente as ideias e os costumes que dominam a opinião pública. As ideias aceitas pelos que nos circundam, muito facilmente são consideradas boas também por nós; ficamos impregnados inconscientemente e quase sem perceber nos adaptamos a elas.

O temor de ser considerados estranhos ou de mentalidade estreita, antiquados anacrônicos e ignorantes, pesa gravemente sobre as nossas convicções, sobre os nossos sentimentos e sobre a nossa conduta, e é uma das principais causas da cegueira espiritual, como também da pouca eficiência das forças católicas. Num mundo organizado segundo princípios ateus, é natural que um católico, que não tenha a coragem das próprias convicções, deva muitas vezes parecer a si mesmo estranho e desarrazoado. Para ser fiel aos seus princípios, num mundo como o de hoje, um católico deve ser bem iluminado, vigilante e rico de coragem moral.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Auge e Queda da Modernidade - Carlos Ramalhete

Mais um excelente aula do Prof. Carlos Ramalhete, neste vídeo, ele retoma o raciocino iniciado em Prolegômenos Geopolítico-Históricos (Breve História da Civilização Ocidental), e trata de um problema atual de nosso sociedade, o parasita moderno. Parasita este que se funda na falsa premissa de que a "ideia é superior a realidade", e que é a mentalidade por trás de todas as ideologias, tanto de direita, quanto de esquerda.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Teologia da Libertação e volta ao fundamento - Frei Clodovis M. Boff, OSM

Teologia da Libertação e volta ao fundamento 
- Frei Clodovis M. Boff, OSM
(Adital | 2008)


Síntese: Quer-se mostrar aqui que a Teologia da Libertação partiu bem, mas, devido à sua ambigüidade epistemológica, acabou se desencaminhando: colocou os pobres em lugar de Cristo. Dessa inversão de fundo resultou um segundo equívoco: instrumentalização da fé "para" a libertação. Erros fatais, por comprometerem os bons frutos desta oportuna teologia. Numa segunda parte, expõe-se a lógica da Conferência de Aparecida, que ajuda aquela teologia a "voltar ao fundamento": arrancar de Cristo e, a partir daí, resgatar os pobres.

Queremos aqui, numa primeira parte, fazer um questionamento de fundo da Teologia da Libertação (=TdL). A intenção não é desqualificar a TdL, mas, antes, defini-la de modo mais claro e refundá-la sobre bases originárias. Só assim se podem garantir seus ganhos inegáveis e seu futuro.

Apresentaremos, num segundo momento, a lógica que o Documento de Aparecida pôs em operação. Entendemos mostrar por aí como a TdL pode ser reconduzida aos seus fundamentos, ser incorporada num horizonte mais amplo e, assim, assegurar o que ela tem de melhor.

Reconhecemos que a análise que faremos da TdL é um tanto trabalhosa e sinuosa, enquanto a de Aparecida é mais fluente e linear. De todos os modos, andaremos aqui a grandes passadas, sem podermos explicar tudo e nem nos determos em detalhes.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Breve História da Civilização Ocidental - Carlos Ramalhete

No cenário geopolítico em que vivemos muitas vezes falta aos católicos a devida compreensão histórica. Fala-se muito sobre a necessidade de defender a Civilização Ocidental mas, muitas vezes falta clareza em definir o que seria está "Civilização Ocidental", a confusão é tanta, que chega-se a confundir tal civilização com o parasita que se apossou dela: a modernidade capitalista.

Neste excelente vídeo o Prof. Carlos Ramalhete faz os devidos esclarecimentos sobre o que seria isto que chamamos de Civilização Ocidental, partindo do discurso do Papa Emérito Bento XVI ao Parlamento Alemão; e faz um breve resumo do desenvolvimento e crise desta civilização, chegando por fim aos tempos atuais, de modo a melhor esclarecer sobre os atores envolvidos no jogo geopolítico de nossos tempos.

sábado, 15 de agosto de 2015

O pontificado de Pio IX - Thomas Giulliano

Nesta palestra (retirada de uma aula do curso "A Igreja no Século XX") o historiador Thomas Giulliano dá uma breve introdução sobre o pontificado de mais este grande Papa, o Beato Pio IX. Thomas começa por introduzir o contexto da época, passando pela análise do pontificado em si, e os comentários sobre alguns episódios marcantes.

Bibliografia:
A História da Igreja Vol.9 - Daniel Ropes
Pio IX: A história do Papa da Imaculada Conceição - Roberto de Mattei


domingo, 9 de agosto de 2015

Fé Católica no governo Vargas - Thomas Giulliano


Nesta breve exposição, retirada de uma aula presente no curso A história do Brasil na Arquitetura das Igrejas (disponível no site: acivilizacaocursos.com) , o historiador Thomas Giulliano, através de seu método de inter-relacionar a história da Brasil como reflexo da história da Igreja Católica, trata do tema da Igreja na Era Vargas. Thomas conta como, após o tempo de perseguição cultural na república positivista, a Igreja encontrou um terreno fértil para continuar seu trabalho de evangelização da nação e da cultura brasileira, e como Vargas, utilizou do Catolicismo para manter a unidade nacional, bem como a influência de Vargas na orientação demasiada política de muitos seminários católicos que vieram a gerar muitos problemas a posteriori.

As Duas Cruzes: A história de Titus Brandsma

O filme "As Duas Cruzes", de 1999 é uma adaptação cinematográfica que conta a história da perseguição e martírio do Beato Carmelita Titus Brandsma.

Frei Tito (como também era conhecido) exercia a função de assistente-eclesiástico dos jornalistas católicos, quando Alemanha Nazista ocupou sua pátria. Durante a ocupação nazista, Titus opôs-se a esta perversa ideologia, denunciava a perseguição aos judeus, e exortava os jornais católicos a não se renderem ao nazismo. Por fim, Frei Tito foi preso pela Gestapo em janeiro de 1942, e após sua passagem por vários cárceres, foi condenado ao campo de concentração de Dachau, onde foi morto com uma injeção de ácido fênico.

O Heresiarca Lutero

Blood Money