segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Moscati, o amor que cura

Continuando meus comentários a respeito das produções cinematográficas católicas, hoje trato do filme "Moscati, o amor que cura", bom do ponto de vista cinematográfico, e ruim do ponto de vista católico.

O filme se propõe a contar a história de São José Moscati (ou St. Giuseppe Moscati em italiano) médico e santo católico.Segue abaixo uma breve biografia de Moscati:
(...) Nasceu na Itália em 1880 no seio de uma família cristã. Com apenas 17 anos obrigou-se particularmente ao voto de castidade perpétua.
Inclinado aos estudos, José Moscati cursou a faculdade de medicina na Universidade de Nápoles e chegou, com 23 anos, ao doutorado e nesta área pôde ocupar altos cargos, além de representar a Itália nos Congressos Médicos Internacionais. Com competência profissional, Moscati curou com particular eficiência e caridade milhares e milhares de doentes.
Em Nápoles, embora procurado por toda classe de doentes, dava, contudo, preferência aos mais pobres e indigentes. Sem dúvida, foi na prática da caridade para com os pobres que se manifestou toda sua grandeza, ao ponto de receber o título de “Médico e Pai dos pobres”, isto num tempo em que a cultura se afastava da fé. [1

...

Com isso em vista vamos a crítica principal ao filme, seu irrealismo, sua pouca fidelidade a biografia do santo. São cenas e mais cenas que ambientam o romance entre a princesa Helena e o jovem Moscati, que por fim é obrigado a abandoná-la para que possa se dedicar inteiramente aos doentes. Muito bonito porém, se Moscati fez um voto de castidade perpetua aos 17 anos, a ideia do romance com Helena não me parece muito coerente.

Outro problema da trama é seu despudor. O mínimo que se espera de um filme católico é que não reproduza as infinitas cenas de sexo comuns no entretenimento pagão. Infelizmente não foi o que ocorreu, há ao menos três cenas de fornicação “comportadas” entre alguns personagens importantes.

E por fim, cito o fato de que durante toda a trama não há sequer uma cena de Moscati na missa. Ora como representar um santo sem nenhuma referência a Santa Missa?

Citando alguns pontos positivos, pode-se dizer que o filme consegue transparecer bem a bondade de Moscati, contrastando com o carreirismo e elitismo de seus colegas, fica evidente tratar-se de um homem de “coração bom”. Também destaco a trilha sonora bem escolhida com belas composições populares italianas.

★★


Sobre minha avaliação, classifico o filme com apenas duas estrelas. Um bom filme mas, pouco católico. 

Caso se interesse, pode encontrar o filme completo logo abaixo:


O Heresiarca Lutero

Blood Money